Na Batalha, mais de uma centena de pessoas na conferência de Adriano Moreira
Foi no dia 10 o Auditório Municipal da Batalha. Mais de cem pessoas ouviram o Professor Adriano Moreira discorrer acerca das transformações mais fundas ocorridas desde meados do século XX, quer em Portugal, quer nos países europeus e à escala global. A conferência integrou-se no programa da Caritas Diocesana de Leiria para a operação deste Natal, sob a designação “ Dez Milhões de Estrelas – um gesto pela Paz”.
Foi no dia 10 o Auditório Municipal da Batalha. Mais de cem pessoas ouviram o Professor Adriano Moreira discorrer acerca das transformações mais fundas ocorridas desde meados do século XX, quer em Portugal, quer nos países europeus e à escala global. A conferência integrou-se no programa da Caritas Diocesana de Leiria para a operação deste Natal, sob a designação “ Dez Milhões de Estrelas – um gesto pela Paz”.
Os grandes conflitos na Europa, guerra fria, queda do muro de Berlim, descoberta e utilização de armas nucleares, com o que chamou de “pingos da técnica e da ciência mais avançada” a chegar às mãos e a dar poder a pequenos grupos fanáticos, com os países mais ricos do mundo a organizarem-se para defesa e imposição dos seus interesses, em grupos não legalizados pela ordem internacional, foram alguns temas abordados.
Adriano Moreira referiu-se também ao conflito de civilizações e conflito de religiões e às “dúvidas tremendas” sobre uma escala de valores comum, indispensável para a construção da justiça e da paz mundial. Denunciou a absolutização do relativismo, em favor de uma escala de valores hierarquizados, mesmo desafiante da agressividade de contra valores aguerridos e bem organizados.
Gandi, Mandela, Thomas Moore, João Paulo II foram os vultos que citou como raros exemplos de santidade na política, de construtores da paz e referências de contenção.
Pelos presentes pairava, no final, o sentimento de que os desenvolvimentos do conferencista faziam “jus” ao título que dera à apresentação, precisamente a “Insegurança Mundial”. Um sentimento, afinal, que os acontecimentos mais recentes em Portugal e no mundo só têm vindo, infelizmente, a confirmar.
No final da sessão a que presidiu, o Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, fez apelo ao que chamou de “esperança abraâmica”, que leva firmemente a acreditar mesmo no que aos olhos humanos parece irrealizável.
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