Está sem emprego? Esperamos por si!
Há já alguns meses que o grupo de Leiria começou os seus encontros. São para já seis pessoas entre os 30 e os 54 anos. A juntá-los está não a experiência de desemprego que todos partilham mas a vontade de a ultrapassar. Apesar disto este não é um grupo de procura ativa de trabalho. Todos têm consciência disso desde o primeiro momento. Os grupos GIAS são espaços de encontro e de partilha de vida. Aqui põem em comum trajetos percorridos, experiências vividas e, acima de tudo, partilham estratégias de combate ao desânimo, uma das principais consequências do desemprego de longa duração.
Ao promover estes grupos a Cáritas Portuguesa tem consciência de que a solidão e a depressão é um dos principais factor de ruina para quem está em situação de desemprego. O medo de não voltar ao mercado de trabalho e os dramas associados à falta do rendimento levam a situações de grande desespero. Isso mesmo está espelhado na realidade do grupo da Cáritas Diocesanas de Leiria-Fátima. Aqui a partilha, o diálogo e a escuta foram percebidos como chaves-mestras do trabalho, em equipa, que iria ter lugar. Reúnem de quinze em quinze dias, às quintas-feiras. “O humor, a responsabilidade na tarefa e a autenticidade de carácter permitem, em cada encontro, abrir as portas para aprender e crescer em todas as dimensões do nosso ser”, explicam os responsáveis do gripo GIAS da Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima.
O desemprego foi a grande consequência da situação que o país atravessa e são poucos e ténues os sinais de melhorias nesta dimensão. Inverter algumas das dinâmicas utilizadas atualmente é uma das características destes grupos. Não promove a procura ativa de trabalho, não abre expectativas em relação a novas formas de empregabilidade mas abre horizontes de esperança e coloca as suas atenções na restauração da pessoa humana.
O arranque de um novo grupo é sempre difícil e hesitantes. As pessoas chegam com algumas reticências mas com o tempo estabelecem-se relações, trocam-se ideias e encorajam-se mutuamente. Este é o caminho a ser seguido.
Márcia Carvalho | Cáritas Portuguesa
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